Se o Atlético-GO não vencer o Guarani em casa no próximo sábado, às 16h10, o Vasco precisa apenas de um triunfo sobre o Juventude, no mesmo dia e no mesmo horário, para ser o primeiro participante da Série B do Campeonato Brasileiro de 2009 a assegurar promoção para a primeira divisão. Diante da expectativa que isso gera, a diretoria da equipe carioca resolveu fazer uma promoção para esse jogo e o usou como mote para fortalecer seu programa de sócios, grande aposta da nova gestão do clube. Lançado em maio deste ano, o programa ?o Vasco é meu? tem uma meta de atingir cem mil sócios. Esses torcedores pagam mensalidades em três diferentes categorias e recebem uma série de benefícios ? 50% de desconto na compra de ingressos para todos eles, por exemplo. No jogo contra o Juventude, a redução foi elevada a 66%. Isso gerou, em números extraoficiais, três mil adesões entre novos sócios e pessoas que já possuíam cadastro, mas estavam inadimplentes. ?Essa é a receita. Primeiro porque estamos falando de algo que o clube não tinha. Nós vislumbrávamos um cenário muito difuso sobre esse assunto. É a única coisa que é realmente segura, desde que seja uma decisão do associado mantê-la. O crescimento pode ser exponencial e expressivo simplesmente pela adesão de pessoas que são donas do clube?, explicou Fábio Fernandes, vice-presidente de futebol do Vasco. Segundo números do site oficial do programa de sócios, o Vasco contabiliza pouco mais de 39 mil adesões desde que a campanha foi lançada. Com um crescimento rápido e a geração de uma receita que não fazia parte do dia-a-dia da equipe, o plano de filiados tornou-se a principal aposta do clube para esta temporada. ?Nós somos um clube construído a partir da aglutinação das pessoas comuns, como nós estamos fazendo agora. Os caras passaram de casa em casa pedindo dinheiro para erguer São Januário, e na base da contribuição de todos ergueram um estádio. Não chamei o programa de ?o Vasco é meu? por acaso. Quero que os torcedores participem porque eles são os verdadeiros donos do clube?, completou Fernandes. Além da aposta em uma receita com a qual o clube não contava anteriormente, o potencial de crescimento faz com que o Vasco priorize totalmente o desenvolvimento do plano de sócios. A diretoria enxerga uma margem para que a ação tenha grande desenvolvimento, até mesmo superior aos cem mil que o projeto propôs inicialmente. ?Os sócios não são como um contrato de patrocínio, que você pode dormir em cima. Trata-se de algo que precisa ser constantemente estimulado, que tem margem para crescer. Se eu chegar a um milhão, ainda vou estar longe do teto de torcedores do Vasco e terei espaço para crescer. E isso já representaria uma receita violenta?, lembrou o dirigente.
Ação ratifica aposta do Vasco em sócios
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