Acusação de estupro deixa Nike em alerta com Cristiano Ronaldo

Um processo aberto na semana passada em Las Vegas por uma mulher que alega ter sido estuprada por Cristiano Ronaldo em 2009 está deixando os patrocinadores do jogador “profundamente preocupados”. Dois deles, Nike e EA Sports, deram declarações à agência Associated Press (AP) nos últimos dias.

A parceria entre Nike e CR7, por exemplo, teve início em 2003. Em 2016, o contrato atual foi assinado no valor de US$ 1 bilhão. À época, o atacante deu a entender que tratava-se de um acordo “para a vida toda”.

“Estamos profundamente preocupados com as alegações perturbadoras e continuaremos monitorando de perto a situação”, disse a empresa americana à Associated Press, por e-mail.

Foto: Reprodução / Twitter (@Cristiano)

Por seu lado, a EA Sports também demonstrou preocupação. Cristiano Ronaldo é capa da mais recente versão do jogo de videogame da Fifa produzido pela empresa, que foi lançado na semana passada.

“Nós vimos o relatório que detalha as acusações contra Cristiano Ronaldo. Estamos monitorando de perto a situação, já que esperamos que os atletas e embaixadores da marca se comportem de maneira consistente com os valores da EA”, afirmou a empresa à AP.

A organização não governamental de defesa dos direitos da criança no mundo Save the Children, da qual CR7 é embaixador, também se pronunciou.

“Estamos desanimados com a notícia que vimos e estamos trabalhando para obter mais informações”, declarou um porta-voz da ONG ao jornal britânico The Independent.

O próprio Cristiano Ronaldo nega as acusações e se refere a elas como um “espetáculo midiático criado por pessoas que buscam se promover às minhas custas”. O jogador tem o apoio da Juventus, seu clube desde a última janela de transferências. No Twitter, a Juve chamou o atacante de “grande profissional” e afirmou que “eventos supostamente datados de quase 10 anos atrás não mudam essa opinião, que é compartilhada por qualquer um que entre em contato com este grande campeão”.

De acordo com a rede de TV americana CNN, a mulher em questão, Kathryn Mayorga, teria encontrado CR7 em um hotel em Las Vegas em 2009 com algumas amigas. O jogador teria convidado todas elas para a cobertura do hotel. Lá, teria pedido para que a jovem fizesse sexo oral com ele, mas, após receber uma resposta negativa, teria a levado para um quarto e a estuprado.

A reportagem ainda fala que Cristiano Ronaldo teria pedido desculpa após a atitude e oferecido US$ 375 mil pelo silêncio de Kathryn.

A intenção da reabertura do processo seria justamente acusar CR7 de se aproveitar da fragilidade emocional da mulher para obrigá-la a fazer o acordo à época. Kathryn estaria sendo auxiliada por um novo advogado, que a teria convencido a trazer o caso de volta à tona.

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