A Brazuca, bola que será usada na Copa do Mundo no Brasil, será apresentada ao público no próximo dia 3 de dezembro, em evento para a imprensa e convidados da Adidas no Rio de Janeiro. Essa será a primeira vez após três Mundiais que a bola do torneio não será apresentada durante o sorteio das chaves.
A mudança da data foi uma vitória para a Adidas, que já havia tentado antecipar o lançamento da bola da Copa das Confederações, mas que teve de se “contentar” em mostrar o modelo da Cafusa, como ela foi apelidada, apenas no início da cerimônia de sorteio das chaves da competição.
A decisão de fazer o “pré-lançamento” da bola ajuda os planos da Adidas de dar bastante visibilidade para a bola e, assim, conseguir aumentar as vendas do modelo. Ao trazer a apresentação para antes do sorteio da Copa do Mundo, a marca consegue atrair maior atenção da mídia. Geralmente, a repercussão da mídia no dia do sorteio fica em torno dos confrontos das seleções, e a bola acaba sendo apenas um elemento secundário.
A antecipação do lançamento faz parte da estratégia global da Adidas para que a Brazuca seja a bola mais vendida na história. O modelo, que já foi apresentado para o mercado lojista, tem uma expectativa de venda de mais de 15 milhões de unidades, superando as marcas da Teimgeist (Copa de 2006) e Jabulani (Mundial de 2010), e colaborando para que o segmento de futebol da fabricante alemã passe pela primeira vez a barreira de 2 bilhões de euros em vendas em 2014.
Ao criar um evento único para a bola, a Adidas começa a esquentar os tamborins para a Copa do Mundo a três dias do sorteio das chaves. A empresa calcula que terá dois períodos de crescimento de vendas. O primeiro é para o Natal, quando a bola será apresentada. E o segundo, naturalmente, é durante o Mundial.
Ao antecipar o lançamento da bola, a marca também atende a um desejo da Fifa, de ver os parceiros comerciais da entidade colaborando para a promoção do próprio evento. No Brasil, a expectativa da instituição é de que a semana pré-sorteio seja marcada por massiva campanha em mídia dos patrocinadores entaltecendo o torneio e, também, pelo aumento do “clima de Copa do Mundo” para o torcedor.