Adidas e Nike abrem mão de esportes pouco lucrativos

Dustin Johnson, número 1 do ranking do golfe

No duelo pela supremacia do mercado mundial de material esportivo, Adidas e Nike decidiram, nos últimos meses, se livrar de negócios deficitários ou pouco lucrativos para centrar seus esforços nas áreas com perspectiva de lucros maiores.

Assim, a marca americana abriu mão da divisão de golfe. Na mesma toada, a rival alemã se desfez dos negócios na modalidade. Seu último movimento foi abrir mão do hóquei.

Na semana passada, a Adidas divulgou a venda da CCM Hockey por US$ 110 milhões (R$ 344 milhões) ao fundo canadense de investimento Birch Hill Equity Partners, que assume a empresa até setembro. O mercado estimava que a venda atingissse € 160 milhões (R$ 588 milhões).

“A CCM e seus empregados deram grandes contribuições à nossa companhia e temos plena confiança de que a marca continuará crescendo com êxito sob seus novos proprietários”, disse Karper Rorsted, CEO da Adidas.

“A saída da CCM reflete ainda mais o compromisso com nossa estratégia”, acrescentou o executivo, referindo-se ao plano de priorizar calçados e roupas vinculadas às marcas Adidas e Reebok.

 

Painel da TaylorMade com principais astros que usam seus equipamentos

 

Um dos ativos mais importantes desse acordo é o contrato assinado com a NHL, que entrará em vigor na próxima temporada e vai até 2025-2026. Além disso, a CCM também contratou Connor McDavid, do Edmonton Oilers e um dos astros da NHL, para integrar o time de embaixadores da marca.

O movimento é similar ao que ocorre no golfe. A Nike decidiu deixar a fabricação de equipamentos em janeiro por considerar o setor oneroso e com baixa perspectiva de mercado.

Tiger Woods em anúncio de bolas da Bridgestone

No entanto, manteve Tiger Woods em seu time de embaixadores. Neste ano, reforçou o elenco, renovando com Rory McIlroy, além de roubar Jason Day da Adidas. A marca alemã, porém, tem Dustin Johnson, atual número 1 do ranking, entre seus contratados.

Apesar disso, em maio, a Adidas anunciou a venda de todas suas marcas de golfe. A companhia negociou TaylorMade, Adams Golf e Ashworth com o fundo de investimento de risco KPS Capital Partners em negócio de US$ 425 milhões (R$ 1,33 bilhão). A operação será finalizada até o fim do ano.

As razões para se desfazer do negócio podem ser encontradas no balanço da empresa. Em 2016, essa divisão faturou € 892 milhões (R$ 3,278 bilhões) ou 1,1% a menos do que no ano anterior. O faturamento da empresa chegou a € 19,291 bilhões (R$ 70,9 bilhões), o que representou um aumento de 14%. 

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