A Adidas pretende dobrar sua participação atual nas redes sociais até 2017. Atualmente, a empresa alemã possui 135 milhões de seguidores no Twitter, Instagram, Facebook e Youtube. Outra meta, essa bastante ousada, da empresa, é que pelo menos 30% do conteúdo divulgado nessas plataformas seja produzido pelos usuários.
O “Plano de cinco anos” da multinacional, divulgado em março, estabelece que para a marca será muito mais vantajoso mostrar, nas redes sociais, que consumidores, atletas, equipes, parceiros e mídia estão dizendo que os produtos Adidas são melhores.
O problema dessa iniciativa é que hashtags muitas vezes se tornam trashtags. Em 2012, o McDonald’s lançou a hashtag #McDStories para estimular o consumidor a contar sua relação com a empresa. O problema é que a rede de fast food foi bombardeada por reclamações de consumidores e críticas à má qualidade de sua comida.
No mesmo ano, outra iniciativa nas redes sociais que naufragou foi feita pela Waitrose. A rede de supermercados britânica convidou o consumidor a completar a frase: “Eu compro no Waitrose porque…” Entre as respostas que mais fizeram sucesso estava: “Porque odeio estar cercada por pessoas pobres”.
O JP Morgan, por sua vez, teve que cancelar em seu Twitter a hashtag #AskJPM após receber uma saraivada de críticas. Problemas semelhantes já ocorreram em outras plataformas de mídias sociais, como Facebook e Instagram.
Para a Adidas, porém, as redes sociais podem se tornar uma forma eficaz de falar com consumidores jovens e renovar seu público. A empresa acredita que possa criar esse canal de comunicação eficiente com o consumidor, sem prejuízo para a imagem da marca, para fazer frente ao domínio da concorrente Nike nesta área.