Agência distancia basquete feminino da LNB

Basquete feminino será organizado por Brunoro Sports Business (BSB)

Basquete feminino será organizado por Brunoro Sports Business (BSB)

Ao contrário do que se pode supor, a primeira edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), lançada nesta terça-feira (9) em evento em São Paulo, pouco tem a ver com o modelo adotado pela Liga Nacional de Basquete (LNB) para organizar no Novo Basquete Brasil (NBB), torneio masculino.

O modelo de negócio adotado se difere, principalmente, porque a LBF é organizada pela Brunoro Sport Business (BSB), agência de marketing esportivo. A LNB, por outro lado, possui administração própria, com conselhos estruturados – administração, marketing, fiscal, técnico e disciplinar.

Esse detalhe altera muitos quesitos. Apesar de ambas receberem chancela da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), e até compartilharem os mesmos parceiros, Eletrobras e Penalty, há diferenças. A fabricante, por exemplo, cede apenas bolas para o feminino, enquanto patrocina os homens.

A missão da BSB, uma vez iniciado o campeonato de basquete feminino, é convencer empresas a patrocinar a modalidade. “Os clubes não devem ser ajudados pela liga, mas se tornarem interessantes para a iniciativa privada”, explica o presidente da LBF, Marcio Cattaruzzi, à Máquina do Esporte.

De acordo com o mandatário, apenas três ou quatro equipes têm condições de conseguir aportes para bancar o próprio time. “Não dá para pensar em marketing ainda, porque está difícil até colocar o time na quadra para jogar, então o campeonato vem com o intuito de viabilizar a profissionalização”, afirma.

Apesar da visão de Cattaruzzi, na primeira edição do LBF, a entidade irá se responsabilizar por custear determinadas despesas dos clubes, como transporte, hospedagem, alimentação e 50% de taxas de arbitragem. Para os próximos anos, porém, o auxílio não deve ser incrementado.

Por parte da LNB, ainda que a liga feminina assuma publicamente que pretende se espelhar em ações bem sucedidas da masculina, como a criação de cursos de gestão e media training para clubes, a entidade que organiza o basquete masculino não tem qualquer relação administrativa com a LBF.

Quem promete se esforçar para facilitar a vida da entidade feminina é a CBB. “Nós vamos estar sempre abertos a elas, para dar esse apoio logístico, como já acontece na masculina”, garante o presidente da confederação, Carlos Nunes. “Agora elas têm que se manter e se estruturar”, finaliza.

Sair da versão mobile