Ainda no prejuízo, Topper sonha com 100% da Série A

Foto: Divulgação

Há quase dois anos, quando a Topper foi vendida pela Alpargatas para o grupo de investimento Sforza, do bilionário Carlos Wizard, a marca voltou a avançar sobre o mercado de patrocínio a times de futebol, que desde 2006 havia deixado de ser prioridade. Hoje, dez times vestem a marca, sendo cinco na Série A do Campeonato Brasileiro.

O sonho da marca, porém, é crescer. Em fevereiro, por pouco não anunciou Palmeiras e São Paulo como novos times. A tarefa, porém, ainda passa em colocar o plano do futebol no azul.

“Queremos estar presentes nas principais vitrines. Estamos hoje trabalhando para pegar outros clubes, com propostas razoáveis para não ferir a saúde financeira da Topper. Hoje é uma operação que trabalha em parceria com os clubes para ter bons resultados de venda e tentar fazer com que seja superavitária. O investimento é variável conforme o resultado de vendas, mas ainda não é uma operação superavitária”, disse Leonardo Chamsin, CEO da Topper, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.

A operação ainda no vermelho com o futebol faz parte do plano da Topper de investir mais de R$ 30 milhões no reposicionamento da marca, além do desenvolvimento de produtos. Em 2017, cresceu 26%. Para 2018, a expectativa é entre 25 e 30%.

“As multinacionais estão mais seletivas e correndo menor risco. Isso abre oportunidade para as marcas nacionais”, explicou Chamsin.

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Com isso, a Topper fez essa reinvestida no futebol e lançou, na semana passada, uma nova campanha para impulsionar a venda de bolas. As séries B, C e D do Brasileirão usarão a marca.

“Hoje, a gente entende que, para ser forte no mercado, é preciso ter um portfólio de produtos. O varejo caminha para marcas com atuação 360°. É preciso ter o enxoval completo. Ter ainda a seleção brasileira de futsal e atletas usando nossas chuteiras cria uma perspectiva aspiracional para o produto”, afirmou Chamsin.

O foco de vendas são as classes B e C. Para isso, além de ter o produto aspiracional, a Topper crê na relação custo/benefício.

“Com os clubes, trabalhamos todas as classes sociais e as faixas etárias. Agora, estamos diversificando o portfólio e indo atrás de categorias rentáveis, como a de bolas”.

Para este ano, a Topper quer ainda elevar para 13 o número de times patrocinados. Chamsin despista sobre qual seria o número ideal de equipes. Ele diz que não há um limite, mesmo que a operação ainda não consiga deixar as contas no azul.

“Este ano pretendemos ter mais três clubes. E a ideia é crescer mais a cada ano. Adoraria ter 100% da Série A”, disse, aos risos.

Sonhar não custa nada. Mas a realidade ainda não se paga.

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