Alpargatas ressuscita best-sellers em coleção de 2014

Alguma semelhança com a camisa da seleção brasileira de 1980? - Crédito Rodrigo Capelo

Alguma semelhança com a camisa da seleção brasileira de 1980? – Crédito Rodrigo Capelo

A Alpargatas apresentou na noite da última terça-feira (4), em São Paulo, as novas coleções de quatro das suas marcas esportivas: Topper, Rainha, Mizuno e Timberland. Em pelo menos duas delas, Topper e Rainha, ficou evidente que a fabricante se apegou ao passado vitorioso de ambas para conseguir boas vendas em 2014.

Um dos trunfos da Rainha, marca que faz 80 anos em 2014, é o System, um modelo que marcou época na década de 1990. Foi a primeira vez que uma marca brasileira desenvolveu uma tecnologia própria de amortecimento, de acordo com o grupo. Agora, o System volta repaginado, com visual sneaker, “que certamente trará recordações a quem o usou para caminhar ou correr há alguns anos”.

A Topper recordou os tempos em que era fornecedora de materiais esportivos da seleção brasileira. A marca fabricou os uniformes do Brasil nas Copas do Mundo de 1982, 1986 e 1990. Hoje, relança camisas amarelas que fazem alusão àquela popular seleção da década de 1980, embora seja a Nike a parceira da CBF há muitos anos.

Em todos os materiais de divulgação dos novos produtos do grupo, são várias as menções a “tradição” e “história”, combinadas com “novas tecnologias”, um claro sinal do caminho que a Alpargatas decidiu percorrer para ganhar mercado neste ano.

“Tem ícones do passado que você traz, reinterpreta. Não é a mesma coisa, mas aproveita uma lembrança do passado. É uma coisa muito bacana, comum em qualquer indústria. A Volkswagem fez um novo fusca. Um carinha do passado com uma tecnologia totalmente nova. Foi o que fizemos”, diz Fernando Beer, diretor de artigos esportivos da Alpargatas, à Máquina do Esporte.

O executivo lembrou que a Mizuno também fez uso da estratégia de ressuscitar um best-seller recentemente. “A própria Mizuno lançou a Morelia 25 anos atrás, com couro de canguru, para o Careca. A Mizuno conversou com ele na época, e ele disse que precisava de uma chuteira flexível, porque ele saía do estádio e tinha medo de ser roubado. Ele queria que ela coubesse no bolso. Hoje, 25 anos depois, lançamos a Morelia ainda mais leve”, conta Beer.

Sair da versão mobile