A disparada do dólar, que de acordo com especialistas não deve baixar dos R$ 3 até o fim do ano, deve fazer com que a Confederação Brasileira de Futebol tenha um ano de 2015 melhor em suas finanças.
Com a maior parte dos seus contratos de patrocínio atrelada a moedas estrangeiras, a CBF deve romper a barreira dos R$ 300 milhões em receita com patrocinadores neste ano.
Dos 13 acordos de patrocínio mantidos pela entidade, pelo menos oito são em moeda estrangeira: desde o maior deles, firmado com a Nike, até o mais recente, renovado com a Vivo.
Segundo levantamento exclusivo da Máquina do Esporte, o total arrecadado anualmente com patrocínios em moeda estrangeira é de US$ 92,5 milhões. Além disso, o Itaú gera outros 12 milhões de euros à entidade.
Apenas cinco patrocínios da CBF são vinculados ao real: Gol, MasterCard, Chevrolet, Englishtown/EF e Seguros Unimed. Esses contratos representam cerca de R$ 50 milhões.
Caso o dólar termine o ano a R$ 3, a CBF poderá, pela primeira vez, romper até mesmo a barreira dos R$ 400 milhões de arrecadação com patrocínio, o que ajudará a entidade a bater a marca inédita de meio bilhão de reais em faturamento anual. Segundo o balanço financeiro da entidade, em 2013 a arrecadação total foi de R$ 436,5 milhões, dos quais R$ 278,1 mi provenientes dos patrocínios.
O balanço de 2014 ainda não foi divulgado. Ele deverá ter uma arrecadação ainda maior em patrocínios, já que a conta foi “turbinada” pela realização da Copa do Mundo e pelos pagamentos integrais dos acordos de Samsung, EF, Seguros Unimed, GOL, MasterCard e Sadia, firmados em 2013, além da entrada da Chevrolet, que dobrou o valor pago pela Volks.
A alta do dólar, no fim, fará bem pelo menos para a CBF.