América-MG vê divergência em divisão de receita de arena

América-MG terá 5% da receita bruta, e Atlético-MG, 45% da líquida

América-MG terá 5% da receita bruta, e Atlético-MG, 45% da líquida

Diante do imbróglio que envolve a cessão da gestão do estádio Independência à BWA, e a sociedade posteriormente firmada pela empresa com o Atlético-MG, o América-MG, embora não possa prever quais serão os valores arrecadados com a operação comercial da arena, rejeita a ideia de que irá ganhar menos do que o rival. A divergência está na natureza das receitas de cada uma das partes.

O América-MG, ao ceder o local para que o governo mineiro o reformasse, fixou em contrato que terá 5,29% da receita bruta do Independência, enquanto o Estado mantém outros 5,29%. Desse modo, pode subir proporcionamente o número obtido caso o estádio supere as expectativas financeiramente, mas garante renda mínima de R$ 100 mil mensais, de qualquer maneira.

Ao firmar parceria com o Atlético-MG, por outro lado, a BWA estipulou que metade da receita líquida será dividida com o clube alvinegro. Assim, a equipe de Alexandre Kalil deverá receber algo em torno de 45%, porém somente depois de descontadas as despesas e taxas, algo que pode tornar a parcela obtida inferior à do América-MG, cuja parcela diz respeito à receita bruta.

A direção da equipe mineira publicou nota no site oficial nesta terça-feira (28) com trechos do Termo de Cessão que assinou com o Estado, no intuito de reforçar a diferença entre as porcentagens a serem recebidas por América-MG e Atlético-MG. A informação também corrige reportagem publicada pela Máquina do Esporte nesta manhã, quando as parcelas de ambos os times foram comparadas equivocadamente. A Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) confirmou a existência da cláusula citada pelo América-MG.

Os 45% que cabem ao Atlético-MG, inclusive, ainda precisam ser confirmados. Um primeiro contrato entre o time alvinegro e a BWA vazou recentemente, e nele estava prevista a divisão dessa maneira, mas ele terá de ser alterado a pedido da Advocacia Geral do Estado. O visitante não poderá ser denominado como gestor da arena do rival, e sim apenas como beneficiário, ao receber parte da receita líquida.

Um novo contrato está sendo redigido, segundo prometeu Kalil, presidente do Atlético-MG, à Secopa. A expectativa é que ele seja entregue nesta semana, para ser analisado novamente pelos advogados do Estado. Caso a parceria entre a equipe e a BWA seja “estritamente comercial”, segundo informou a assessoria da entidade mineira, o documento deverá ser aprovado sem maiores problemas.

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