Análise: Ação do Sport deixa como legado os olhos do mercado para o Nordeste

O lançamento da camisa 3 do Sport é, certamente, um dos cases do ano no futebol. Ancorada na história da intensa migração de holandeses em Pernambuco no século XVII, o uniforme foi usado pela primeira vez pelo craque Arjen Robben. Simples e bem orquestrada, a ação coroa o bom ano do marketing do clube nordestino e mostra que é possível equalizar performance e mercado, independentemente da praça de origem. Quiçá seja esse o principal legado da equipe do Recife.

A Adidas, idealizadora do lançamento “internacional”, é fabricante de Palmeiras, Fluminense, Flamengo e Ponte Preta na Série A do Campeonato Brasileiro. Em sua ação mais ousada na temporada, escolheu o rubro-negro pernambucano para comunicar sua marca e protagonizar a campanha com mais possibilidade de retorno midiático da empresa no ano.

O Sport soube monetizar o bom desempenho dentro de campo. Apesar de ocupar atualmente a oitava colocação no Campeonato Brasileiro, o clube faz a sua melhor campanha na era dos pontos corridos e esteve na liderança por cinco rodadas, totalizando 14 no G4.

A iniciativa com o astro da seleção da Holanda acontece poucos dias após a escalada do time ao TOP 10 do Torcedômetro do Movimento Por Um Futebol Melhor, que contabiliza o número de sócios-torcedores no país. Ao todo, o Sport tem mais de 36,2 mil associados e está à frente, por exemplo, do Fluminense, o 11º colocado do ranking, com expectativa de faturamento em torno de R$ 13 milhões. Números acima de qualquer regionalismo.

 

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