Análise: Atrair patrocínio é só o primeiro desafio do esporte

Na contramão da crise econômica por que passa o país, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) obteve outro patrocínio: Grupo Cimed.

O vôlei pertence a um grupo de entidades esportivas que soube superar a ressaca pós-Rio 2016, que hoje atormenta inclusive o COB. A modalidade, atraente ao mercado por conta de performance, já assinou com Gobosat (2022); Asics, Banco do Brasil, Cimed e Mikasa (2020); Gol (2019); Delta, Gatorade e Sky (2017).

Se hoje é difícil atrair apoiadores, após conquistá-los, há novos desafios pela frente. Não basta apenas fornecer os relatórios de retorno de mídia, que algumas organizações ainda sonegam a seus apoiadores. É preciso efetivamente ajudar e oferecer ferramentas para que o parceiro comercial faça negócios.

Todo patrocinador busca, além da publicidade, o aumento nas vendas e uma melhor percepção da marca. Sejamos sinceros: o patrocínio só é efetivo quando dá retorno financeiro à empresa. Exposição na mídia é importante, mas pode ser negativa, dependendo da fase de um time, por exemplo. Uma associação positiva com a marca não serve para nada se isso não se refletir no faturamento.

É difícil quantificar quanto do volume de negócios da empresa se deve ao patrocínio esportivo. Se, na avaliação da empresa, tiver valido a pena, a relação foi bem-sucedida e terá continuidade. Eventualmente, mesmo com tudo isso, a empresa poderá sair. Faz parte do jogo.

Mas, se a entidade esportiva tiver deixado claro para seus parceiros comerciais que o período de associação foi positivo, é provável que esse patrocínio um dia retorne. Foi o caso da Cimed, empresa que havia deixado o vôlei há cinco anos. É o trabalho que toda organização esportiva precisa fazer. Sob pena de não atrair mais ninguém. 

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