Análise: Bahia dá um perigoso recado para o mercado

O fim do acordo do Bahia com a Itaipava Arena Fonte Nova, apesar de aparentemente ser apenas momentâneo, é mais um alerta que o futebol dá a seus investidores.

A construção de estádios de futebol, impulsionada pela Copa do Mundo, é o movimento de maior injeção de capital privado no futebol brasileiro na história. Nunca se aportou tantos bilhões como agora.

E de que forma o futebol trata esses investidores? Chutando-os…

O Bahia soma-se à lista que já conta com Atlético-PR, Inter, Grêmio, Palmeiras, Corinthians e até mesmo a Federação de Futebol do Rio.

Até agora, todas as novas arenas que foram construídas e que são usadas por pelo menos um clube enfrentaram, em algum momento, uma terrível queda de braço entre o clube que nela atua e a construtora, principal interessada em ter retorno sobre o investimento realizado.

Com a necessidade imposta pela Copa do Mundo, as empresas tiveram de seguir a construção mesmo com sinais nebulosos quanto à segurança do ambiente de negócios.

Agora, com o Mundial já no passado, as divergências começam a se tornar ainda mais constantes. Antes, com o estádio público ou mesmo próprio, mas deficitário, a preocupação com a lucratividade não existia.

O Bahia romper com a Fonte Nova usando como um dos argumentos se sentir ofendido por ter de dar lugar a eventos mais lucrativos mostra que o futebol continua cego, como o rei incrédulo à queda do reinado.

A questão que fica é quanto tempo irá durar a paciência de quem injetou milhões nesse novo negócio.

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