Análise: Boca prova que clubes têm péssimo preparo para gestão de crise

Qualquer empresa com alguma relevância tem guardado na gaveta um plano de gestão de crise. Produto com defeito, declaração imprópria de um executivo, denúncias de um ex-funcionário, não importa. Se há a possibilidade de dar errado, já há um plano desenhado para cada caso. Mas nenhuma dessas empresas está tão sujeita a crise como um clube de futebol. Sabe-se bem, clube de futebol tem crise todo dia.

E é por isso mesmo que a direção e a comunicação dessas entidades têm que estar amplamente planejada para essas situações. Não importa se é uma briga no treino ou uma tragédia no estádio, existem milhões em jogo, tanto em dinheiro quanto em consumidores. Mais do que muita empresa por aí.

Ainda assim, fica claro que essa iniciativa básica é realidade distante para os clubes, pelo menos por aqui, na América Latina. E o Boca Juniors, um dos maiores do mundo, tem dado mais um exemplo disso.

Na mesma entrevista, Angelici chegou a questionar a veracidade das lesões sofridas pelos jogadores do River Plate. Agora, o clube luta na justiça para reverter a punição da Conmebol. Enquanto isso, um grupo de torcedores que se sentiram lesados com toda a situação processa o clube em ação de R$ 50 milhões.  

Entre erros e acertos, o clube dá mostra clara que não soube lidar com a situação, mesmo que ela esteja longe de ser uma raridade na Bombonera. E essa não é uma exclusividade dos argentinos. O Corinthians, no caso Oruro, e o São Paulo, na Sul-Americana, também foram ótimos exemplos do que não fazer após episódios que, infelizmente, são rotineiros. 

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