Análise: Caixa dá choque de realidade ao Vasco

A Caixa é, atualmente, o maior mecenas do futebol. Com folha alta para o futebol, a companhia valorizou o patrocínio na modalidade e está prestes a fechar com o Corinthians o que deverá ser o maior patrocínio da história de um clube brasileiro. Por toda essa conjuntura, o baixo valor oferecido ao Vasco foi um choque, um tapa necessário a quem é incapaz de enxergar a situação vivida pela equipe.

O contrato de patrocínio máster de R$ 7 milhões coloca o Vasco no segundo escalão do futebol nacional. E isso não é culpa da Caixa. Afinal, se Eurico Miranda aceitou essa condição, é que não havia nenhuma outra saída neste momento. Certamente, a propriedade do time não vale mais do que isso.

Considerando a situação vivida pelo time, não haveria nada de errado nisso. Mas, como reforçou a Paraná Pesquisas nesta semana, o Vasco mantém a quinta maior torcida do Brasil. Tem quase o dobro do Atlético Mineiro, que receberá R$ 12,5 milhões da Caixa neste ano.

Com uma das histórias mais vitoriosas do futebol nacional, o Vasco tem hoje uma das imagens mais deterioradas do país. É algo triste e extremamente doloroso para o torcedor.

A impressão é que o presidente Eurico Miranda pensou que a situação seria revertida no grito, na força de seu nome, em seu jeito canastrão nos bastidores. Mas, no momento, o clube precisa rever muitos de seus conceitos. A degradação da imagem vascaína aconteceu durante todo este século. Sua recuperação, portanto, não será rápida.

Mas será que há um planejamento de longo prazo do clube para voltar a ser o gigante que sempre foi? 

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