Análise: CBF e Fifa expõem modo antagônico de promover evento

Ontem foi o dia de dois eventos no futebol. Na Fifa, o melhor jogador do mundo foi eleito. Na CBF, o sorteio da Copa do Brasil, o maior torneio nacional, foi realizado. Mas só um deles recebeu ampla atenção dos torcedores e da mídia.

Na verdade, a criação de um evento por parte da CBF é uma vitória, visto que há pouco tempo isso não era uma preocupação. Mas a própria data do evento já demonstra o total descaso com o potencial produto.

Realizada em paralelo com a Bola de Ouro, houve pouquíssima atenção ao sorteio da CBF. Com o evento da Fifa definido havia meses, era fácil evitar esse erro. A primeira aparição da Continental como patrocinadora máster do torneio foi, portanto, discretíssima. Em época ainda sem temporada, esse deveria ser um momento importante para a Copa do Brasil.

A Fifa, com a Bola de Ouro, mostrou o quão importante é um evento bem estabelecido. A escolha do melhor jogador do mundo foi transmitida para o mundo todo, em cerimônia de gala na noite europeia. Estar no teatro cheio de craques passou a ser um dos sonhos de consumo do futebol.

O evento só chegou nesse nível graças ao trabalho de duas décadas em reforço desse momento como algo grandioso dentro do futebol mundial. Na CBF, a cara de improviso sempre colocará um ponto de interrogação na importância do encontro.

O sorteio lembrou o evento do Campeonato Paulista de 2013 que, entre outras aberrações, houve erros grosseiros de ortografia no nome das equipes.

Basicamente, novos eventos é salutar aos negócios do esporte. Mas, infelizmente para a CBF, fazer de qualquer jeito fica longe do suficiente. 

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