Se há uma marca na gestão de Marco Polo Del Nero frente à CBF é a perda de marcas líderes de mercado e a chegada de companhias menos conhecida. E o antigo posicionamento premium da entidade pode ser uma herança difícil de ser recuperada.
No último ano, a confederação perdeu parceiros como Samsung, Gillette e Michelin, gigantes multinacionais que dominam o mercado pelo planeta. E fechou acordos com menor status, caso de Cimed, Ultrafarma e, agora, Universidade Brasil.
Dentro do futebol, a CBF costumava ser um porto seguro para marcas premium investirem. Elas conseguiam ignorar as constantes crises da entidade para ficar associada a um produto com apelo universal e com a garantia de fazer isso unido aos seus pares.
Entre clubes, essas empresas têm um temor que é conhecido nos bastidores das negociações: não querem ficar associadas a marcas que não têm a mesma representatividade no mercado. É puro posicionamento: ela se mantém entre os líderes, não se rebaixa.
Os novos patrocinadores da seleção não são pequenos e não investem poucos, mas são companhias em ascensão, em busca de consolidação de marca. Se a CBF quer se manter como um produto excepcional, precisa pensar em uma Pfizer ou Bayer quando fechar com uma farmacêutica. Nada menos deveria interessar.
Possivelmente, isso inclui deixar de ganhar em curto prazo. Mas é um luxo que a CBF deveria ter.