Análise: CBF também nos ensina a “matar” final do campeonato

Antes, a especialidade da CBF era fazer com que a abertura do Brasileirão fosse, no mínimo, morna. Em meio a outros torneios, após as finais dos estaduais, o Nacional chega a ter rodada com os times favoritos entrando com elencos alternativos.

Foi assim que estreou o virtual campeão Corinthians no torneio. Com a equipe reserva, o clube paulista entrou em campo para 9 mil pessoas na Arena Pantanal. Em termos de evento, início mais melancólico possível para o campeonato.

Agora, parece que a CBF também criou gosto por estragar o fim do campeonato. Eis que o mesmo Corinthians poderá celebrar o título nacional no sofá. Novamente, o fim mais melancólico possível.

A solução para o problema não está nas entranhas do esporte nacional, algo que envolva uma grande complexidade de gestão do futebol brasileiro. A solução era simples, como geralmente costuma ser.

Para respeitar o código da própria CBF e seguir a recomendação da Polícia Militar, a data do jogo do Corinthians e do Palmeiras deveria ter sido alterada com dez dias de antecedência, o que não foi feito. Em julho, no duelo entre Corinthians e Atlético-MG em São Paulo, a disputa pelo título estava clara. Parece que havia tempo de acertar as datas.

Caso seja campeão no domingo, a torcida terá uma experiência pouco marcante. A Globo, maior parceira dos clubes, perderá a potencial maior audiência do torneio. Patrocinadores, se existissem de fato, deixariam passar o ápice do ativo contratado.

E, assim, a CBF mata, mais um pouco, seu principal produto…

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