Análise: Chape ressurge, mas ainda há trabalho a fazer

Como refazer um time destruído por uma tragédia como a que se abateu sobre a Chapecoense? Três meses após o acidente aéreo, a diretoria mostra sinais positivos não só com a remontagem do elenco, como nas negociações para capitalizar sobre a visibilidade global adquirida pelo time.

O clube não faz campanha exuberante no Catarinense e na Primeira Liga. No entanto, os principais objetivos são uma boa participação na estreia na Libertadores e a permanência na primeira divisão do Brasileiro.

A Chape acertou ao não inflar sua folha salarial, vetando contratação de astros que chegaram a ser oferecidos. Seguiu apostando em atletas jovens, sem espaço em seus times de origem, ou em veteranos com bom custo-benefício, como Arthur e Wellington Paulista.

Na busca por patrocínio, a Chape dobrou a receita pelo espaço máster da camisa, com a troca da Caixa pela Aurora. E ainda negocia a manutenção dos valores que recebeu do banco no ano passado, oferecendo outros espaços no uniforme.

O time também teve um crescimento exponencial de seguidores em suas redes sociais. No Facebook, por exemplo, a Chape é hoje o quinto maior clube do país, com mais 3,9 milhões de fãs. Perde só para Corinthians, Flamengo, São Paulo e Palmeiras, sendo o primeiro colocado da região Sul, à frente de Grêmio e Internacional.

A equipe chegou a mais de 25 mil sócios-torcedores, sendo o 12º clube do país. Como manda seus jogos em uma cidade com cerca de 200 mil habitantes, é um feito considerável.

Resta a elaboração de um plano de marketing para a utilização desses novos patrimônios.  Em especial para as oportunidades que os meios digitais oferecem. Podem ser ativos importantes na negociação de novos apoiadores, sem necessitar de venda de exposição na camisa.

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