Análise: Clubes europeus não devem ter vida fácil no Brasil

Parece que os clubes europeus descobriram recentemente o Brasil, um país que tem a sétima economia do mundo e que o futebol é o principal esporte. Mas, apesar das aparências, a estratégia dos europeus faz sentido: aqui, a vida não será fácil.

Há alguns anos, os clubes europeus deixaram bem claro a importância do mercado asiático. Rico e em ascensão, tornou-se comum pré-temporada na China e, até mesmo, mudanças de horário das partidas para os novos fãs.

Existe uma clara diferença: os europeus chegaram em um mercado carente de futebol. Esse, claro, não é o caso do Brasil. O cenário mudou um pouco, no entanto, nos últimos anos, quando a Globo abraçou a Liga dos Campeões, o apelo estrangeiro subiu.

O movimento não difere muito do que aconteceu nos anos 1990, quando o Campeonato Italiano ganhou adeptos no país. Mas, agora, os europeus sabem faturar. Dessa maneira, alguns clubes, em especial o Barcelona, passaram a ter patrocínios para o mercado brasileiro.

Mas o cenário hoje não é de fragilidade, pelo menos no que se refere à comunicação dos clubes. A ação do Paris Saint-Germain tem apelo, mas não pode ser comparado ao que o Bahia, para citar um exemplo, fez nas últimas semanas.

As grandes estrelas estão na Europa, e os grandes torneios também. Mas, diferentemente do que se pode imaginar, o avanço do continente terá uma concorrência cada vez mais forte no país. A grande questão, para eles, é conseguir novos acordos comerciais, como faz o Barcelona. Talvez se eles tivessem chegado mais cedo, com mercado menos maduro, o alcance do sucesso fosse mais simples.

 
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