Análise: Clubes voltam ao tradicional na relação com marcas

Aos poucos o mercado de fornecimento de material esportivo para os clubes de futebol começa a voltar para o padrão que teve no passado.

Sem a inflação provocada pela Copa do Mundo de 2014, com o fim da aventura de marcas que não duraram nem um ano (alguém ainda lembra da Dry World?) e com o recuo de empresas nacionais que sofreram com a crise (Lupo e Olympikus), o mercado tem sofrido um novo – e necessário – recuo.

Mas, nesse caminho, a desistência do acordo com a Kappa por parte do Santos é uma bola fora. Desde 2011, quando acertou com a Nike, o time paulista optava por um novo caminho na busca por dinheiro com venda de camisa. O Santos foi o primeiro entre os 12 de maior torcida a abrir mão de um pagamento mínimo do fornecedor para buscar mais verba por meio do pagamento dos royalties da venda.

O modelo, que é o que rege o mercado no futebol europeu para os clubes de médio porte, ainda engatinha por aqui. Clubes e fornecedores resolvem fechar valores fixos de contrato e pouco se esforçam na venda de camisa.

Com a economia embicada para baixo, fica ainda mais difícil para o clube justificar tentar ser diferente.

Mas, assim como foi há uma década, o futebol abriu mão da inovação.

Se, há dez anos, todos viam na Vulcabras (com a Reebok) a solução para o negócio, agora é o Grupo Dass, detentor da Umbro, que aparece com a empresa nacional que bancará custos fixos seguros e uma entrega relativamente pulverizada de uniformes.

Enquanto o clube grande não perceber que ele precisa ser o condutor do negócio de venda de camisas, Barcelona e PSG estarão à frente nas vendas no país do que Santos e Vasco…

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