Esqueça os pormenores contratuais da situação. Não faz nenhuma diferença se um contrato foi fechado no Palmeiras e outro no Allianz Parque, se uma seguradora tem um nicho de mercado diferente da outra ou se aquela marca está como banco e nada mais.
Para o consumidor comum, aquela maioria pouco interessada em patrocinadores, o que resta é uma miscelânea de marcas de um mesmo setor. Exposição e ações se misturam, e certamente ficará difícil para o torcedor palmeirense dizer qual é a seguradora parceira de seu time.
A entrada do Banco do Brasil no Allianz Parque é cruel com a marca alemã que dá nome ao estádio. Dá a um concorrente direitos de relacionamento que deveriam ser exclusivos dela.
Normalmente, um patrocínio já deveria fechar o segmento. No caso da Allianz, a questão é mais grave. Naming right é uma propriedade particular: envolve uma verba maior, de longo prazo e, de tão associado fica a marca ao evento ou praça, ela costuma desvalorizar as outras possibilidades comerciais.
Ou seja, é mais que um simples acordo, a empresa passa a ser uma parceira ativa do empreendimento. Certamente, os contratos envolvendo Prevent Senior e Palmeiras e, agora, WTorre e Banco do Brasil deixam a Allianz em uma situação muito pouco confortável.
Mas o limite desse desconforto vai além do Palmeiras e de seu estádio. Nesse momento, a Allianz tem o maior acordo de patrocínio no esporte brasileiro. E, mesmo na mais competente administração de arena, em relação a patrocínios, ela está sujeita a situações que não deveriam acontecer. Nessa impressão de ambiente pouco profissional, fica difícil para outras empresas cogitarem investimentos nessa magnitude.