Análise: continuidade valorizada dá força à Vivo e ao David Luiz

A continuidade de um garoto-propaganda pode ser custosa e, por vezes, arriscada. Mas é só com ela que se cria uma real identidade com a marca. A Vivo apostou em David Luiz fora de um pico da seleção brasileira e após a imagem do jogador passar de “queridinho” da Copa do Mundo para um dos vilões do desastre contra a Alemanha. E, apostaria, fez muito bem.

Quando a Vivo montou seu time para a Copa do Mundo, David Luiz era o segundo jogador brasileiro mais requisitado pelo mercado publicitário. Desse modo, cada vez que ele aparecia na televisão, ele poderia representar a Vivo, mas também a Seguros Unimed, a TAM, a Pepsi, entre outras marcas.

Agora o cenário inverte para Vivo. Enquanto a publicidade com jogadores se encolhe no pós-Copa do Mundo, ela poderá se apoderar de um dos jogadores mais carismáticos do atual elenco da seleção. Caso mantenha o acordo, não precisará se preocupar com a alta exposição do zagueiro; sua imagem já estará mais naturalizada para os consumidores como um representante da operadora.

Além disso, a iniciativa tira da Vivo qualquer interpretação de anúncio oportunista, tanto pelo uso de David Luiz, quanto pelo uso da seleção brasileira. Será explícita a ideia de parceria perene com o time da CBF.

Para David Luiz, o contrato com a Vivo renova seu posicionamento no mercado publicitário. Até o momento, o jogador era alguém que teve um destaque relâmpago durante a Copa do Mundo. Com um patrocínio reciclado, ele se coloca definitivamente como um dos destaques da seleção brasileira, um status que apenas Neymar possui atualmente. 

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