O novo contrato bilionário de TV assinado pela NBA não traz só lucros vultuosos. Impõe enormes desafios para o futuro da liga.
Com US$ 2,4 bilhões por campeonato, a partir de 2016/2017, a NBA terá que estudar muito bem como distribuir esse montante para manter o campeonato competitivo e atraente para mídia e torcedores.
Com mais dinheiro em caixa, é necessário refazer as contas. Na última temporada foi implementado o plano de distribuição de receitas. A ideia é simples: há franquias em metrópoles capazes de gerar muito faturamento, como Los Angeles e Nova York. E existem os primos pobres, com escassas chances de renda, caso de Milwaukee e Charlotte.
A NBA calcula o gasto médio dos 30 times levando em conta o tamanho do mercado e a lucratividade. Quem ultrapassa a média, contribui com esse valor para um fundo, que é revertido para os times com mercados locais mais modestos. Na última temporada, por exemplo, o Los Angeles Lakers contribuiu com US$ 49 milhões. Ainda assim, a franquia lucrou US$ 100,1 milhões.
“Temos as mesmas aspirações das equipes de cidades maiores. Esse plano nos dá a chance de montar um time talentoso”, festeja Fred Whitfield, dirigente do Charlotte.
Se a iniciativa ainda não evitou a formação de supertimes, ao menos ajudou a diminuir o abismo técnico entre times ricos e pobres. É uma ideia que poderia ser implantada em algumas das principais ligas europeias de futebol, como Espanha e Alemanha, em que ano sim, ano também, vencem sempre as mesmas equipes.