Análise: Corrida de rua pode valorizar marcas dos clubes

De tempos em tempos, os clubes brasileiros se rendem ao óbvio. A nova onda é a organização de corridas de rua próprias como forma de engajamento com os torcedores e divulgação de suas marcas.

Evento que viveu seu boom no Brasil, alavancado principalmente por São Paulo e Rio de Janeiro no início dos anos 2000, as corridas de rua experimentaram uma sensação próxima à estagnação nos últimos anos.

O corredor mais aficionado começou a buscar desafios maiores, ampliando público para provas de aventura, corridas em montanha ou disputas com percursos maiores. Foi a época da popularização das meias-maratonas e das provas de 10 milhas.

Outra parte desse grupo, com preparo físico inferior e investimento superior, buscava outros diferenciais. Surgiram então as provas que “mimavam” esses corredores, com área VIP, kits especiais, shows e massagem pós-prova. Outros queriam aliar o exercício físico com o lado lúdico, fazendo emergir os eventos temáticos, em homenagem a heróis, personagens de quadrinhos ou de animações.

Os clubes, como sempre, chegaram atrasados. Mas, aos poucos, aprendem a explorar esse filão. Muitas corridas nascem puramente do fato de o rival já estar organizando com sucesso seu próprio evento.

Se bem planejada, a corrida de rua dos times de futebol pode ser uma excelente oportunidade de ativação de patrocínio, exposição de parceiros e realização de ações com milhares de torcedores, participantes ou não da prova. Um percurso passando por marcos importantes da história do clube, como a estátua de um ídolo, e uma chegada no gramado do estádio são fatores suficientes para motivar uma legião de fãs a acordar cedo numa manhã de domingo.

Resta saber se os clubes saberão aproveitar esses atrativos para promover relacionamento com suas torcidas e engajar o consumidor com seus patrocinadores.

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