Análise: Datas ainda são problemas frequentes no futebol sul-americano

A incapacidade de organizar datas no futebol é uma das maiores provas da incompetência dos gestores sul-americanos. Federações estaduais, CBF e Conmebol são absolutamente incapazes de promover seus eventos de modo que não se crie concorrência. E a solução para esse problema envolve exclusivamente uma parada de alguns minutos para pensar na situação.

Na última quarta-feira (11), houve um típico exemplo do que não se fazer. A federação paulista marcou um clássico na quarta-feira à noite, o que já é um erro. No mesmo horário de São Paulo e Santos, o Corinthians entrou em campo pela Copa Bridgestone Libertadores. Conclusão: o Campeonato Paulista perdeu a transmissão da Globo, e a Libertadores a audiência de torcedores não corintianos.

E isso aconteceu justamente na rodada seguinte àquela em que o Corinthians entrou com um time quase reserva para enfrentar o Palmeiras pela primeira vez no Allianz Parque. O Derby foi marcado entre as duas partidas da primeira fase da Libertadores.

Essa trapalhada de horário não é exclusividade da gestão brasileira. Aliás, é quase uma especialidade da Conmebol. Em 2012, a entidade sul-americana conseguiu colocar um jogo da Recopa, com o Santos em campo, rigorosamente no mesmo horário de uma partida entre Botafogo e Palmeiras, pela Copa Sul-Americana. Com essa disputa, a Globo preteriu a disputa por um título envolvendo o time santista.

Novamente, não é nada que três minutos de uma rasa reflexão não resolva. Só é preciso que outros agentes, como os clubes e a televisão, façam pressão para isso acontecer. 

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