Análise: Dérbi ressalta propriedade pouco explorada no Brasil

Há alguns meses, mostramos na Máquina do Esporte como os treinos e os centros de treinamento têm se tornado propriedades comerciais nos Estados Unidos, com eventos, atividades para os mais jovens, relacionamento, entre outros. Nesta semana, tivemos um bom exemplo do quanto essa possibilidade precisa ser pensada para o mercado brasileiro.

Corinthians e Palmeiras fizeram um duelo à parte antes do jogo decisivo pelo Campeonato Paulista: fazer a maior festa de apoio em um treinamento para a final. Em Itaquera, quase 42 mil ingressos foram vendidos, ao custo de um quilo de alimento. Mesmo com os entreveros com o Ministério Público, que conseguiu levar o evento para esta sexta-feira (6), o estádio deverá ter uma presença impressionante de torcedores.

Mais do que apoiar o time, estar presente nos treinamentos é uma enorme oportunidade de estar próximo das equipes e dos estádios; Arena Corinthians e Allianz Parque têm sido locais de exclusão ao público de menor alcance financeiro.

Por isso mesmo, dificilmente daria para entender que haja um conflito de eventos, entre treino e jogo. Essa, na verdade, é mais uma oportunidade de ter o torcedor próximo e, adaptado ao público, vender mais. Os clubes precisam achar um modelo que faça valer abrir a porta de seus estádios de vez em quando, mesmo com os altos custos de manutenção.

Essa é uma oportunidade de vender uma propriedade diferente do que normalmente uma empresa espera das novas arenas. No último mês, o Sport Journal Business destacou que até a MLS tem feito esse uso, com patrocínios específicos aos uniformes de treino. Isso em um mercado em que é difícil imaginar 41 mil pessoas na arena somente para apoiar a equipe.

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