O STJD parece ter encontrado um caminho para ajudar no desenvolvimento do futebol como negócio do país, por mais sem nexo essa frase possa parecer. Punir clubes com o fechamento parcial do estádio começa a se mostrar uma solução eficiente para fazer o futebol finalmente ser mais combativo contra o torcedor “brigão”.
Esqueça o rótulo de torcedor organizado. O clube de futebol precisa, isso sim, preocupar-se com a paz nos estádios de forma realmente engajada. Só empunhar bandeiras ou usar a imagem dos ídolos para pedir paz já se comporovaram ações infrutíferas.
Qual a melhor forma de o clube ver que ele é prejudicado pela briga de seus torcedores? No bolso, não tem como. Mas, mais do que jogar para ninguém, é punir com o fechamento de parte do estádio que parece ser uma medida mais dolorida ao clube. Ainda mais por briga em que o seu torcedor era visitante no jogo da confusão.
É ridículo ver a discussão sobre a violência do futebol sempre tomar como caminho a crucificação apenas do torcedor, sem admitirmos que todos os entes envolvidos (clubes, mídia, polícia e, claro, torcida) são culpados.
O prejuízo acumulado pelo Palmeiras, líder do torneio e candidato ao título, é uma boa medida de como é ruim ter torcedor brigando no estádio. Não só para a imagem do clube, mas também para a própria saúde financeira do clube. Com R$ 1,2 milhão, o Palmeiras poderia ter contratado um bom jogador para o time em 2017…