Análise: A dura missão de resgatar a credibilidade da Fifa

Como melhorar a imagem da Fifa?

A Fifa elege seu novo presidente na próxima sexta-feira. Quem quer que vença o pleito, não dará uma resposta de credibilidade ao público do futebol. Pesquisa global feita pela ONG Transparência Internacional mostra que os torcedores não se sentem representados por nenhum dos cinco candidatos.

 

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Mesmo com a queda de dirigentes, um atrás do outro, qual castelo de cartas, a Fifa ainda não mostra sinais de que alterou as práticas corporativas do esporte mais popular do planeta. É senso geral, por exemplo, que as eleições para a sede das Copas de 2018 e 2022 não tiveram lisura, para dizer o mínimo.

Quase todos os principais dirigentes da América foram presos ou estão sendo investigados por crimes como recebimento de suborno, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito. A Confederação Sul-Americana de Futebol elegeu, há um mês, o quinto presidente em três anos. Três dos mandatários anteriores estão presos.

Como resgatar a credibilidade da Fifa?

Somente soluções radicais poderiam resgatar a credibilidade institucional. Todos os contratos em vigor com suspeita de irregularidade deveriam ser revistos ou anulados. Não há mais tempo hábil de alterar a sede da Copa de 2018. Para 2022, uma mudança também é traumática. A Fifa ao menos deveria exigir dos futuros anfitriões práticas mais humanas nas obras do Mundial, manchadas por denúncias de trabalho escravo e morte de operários estrangeiros. 

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