Análise: É difícil manter o foco diante das tentações olímpicas

A matéria que abre nossa newsletter de hoje mostra que, caso tenha tempo e disposição, o jornalista credenciado pode aproveitar os dias olímpicos para conhecer cidades próximas, viajar a locais distantes, como Ceará e Amazônia, ou até aproveitar experiências como um Beer Tour pela região serrana ou se aventurar no stand up paddle ou no bodyboard.

Esse não é o único agrado à disposição do profissional de imprensa durante o período de competições. Patrocinadores e comitês olímpicos oferecem festas periódicas, seja para celebrar a medalha de algum atleta, seja para ativar suas marcas.

Assim, é possível assistir a um show exclusivíssimo de Maria Rita, com menos de cem pessoas na cobertura do hotel da Nissan, em Copacabana. Comes e bebes incluídos. Ou aproveitar a noite para curtir o Rio Scenarium, no centro, uma das principais casas noturnas da cidade, com entrada na faixa.

Para um bom programa vespertino, jornalistas credenciados também ganharam direito a ingresso gratuito no charmoso Cine Odeon, na Cinelândia.

“Tem tanta coisa legal para fazer e a gente tem mesmo que cobrir a Olimpíada?”, ironizou um colega de cobertura durante deslocamento de BRT até o Parque Olímpico.

De fato, assim como os atletas não podem perder o foco com festas e badalações às vésperas de competir, jornalistas têm que se resguardar para ter energia para aguentar a cobertura dos Jogos. Há dias com eventos pela manhã, à tarde e à noite. Caso caiam nas tentações da cidade olímpica, assim como acontece com os competidores, o desempenho profissional será decepcionante.

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