Análise: É mesmo lucrativo patrocinar o Barcelona?

Duas notícias chamaram a atenção nos últimos dias em relação aos contratos milionários dos clubes europeus com as marcas de material esportivo. A primeira foi o ranking elaborado pela agência Euromericas, com as camisas mais vendidas na última temporada.

Pelo levantamento, a Adidas domina a classificação, estampando seu logo em seis dos dez uniformes líderes em vendas em 2015/2016. Em compensação, a Nike mantém a liderança com o Barcelona, que comercializou mais de 3,6 milhões de unidades de seu uniforme, mesmo tendo fracassado na Liga dos Campeões, principal objetivo de todo clube grande europeu.

Entre os jogadores que mais vendem camisas, o time catalão emplaca dois de seus ícones: Lionel Messi, em primeiro lugar, e Neymar, na quinta posição.

Decorrência disso, a equipe finalmente conquistou um contrato de fornecimento de uniforme à altura de sua capacidade de vendas. Na madrugada de segunda-feira para terça, a diretoria do clube e a marca norte-americana chegaram a um entendimento, estendendo o vínculo por mais dez anos. Pelo novo acordo, que entra em vigor em 2018, o Barcelona irá receber até € 155 milhões por temporada, além de ter tomado de volta uma propriedade importante: a administração de suas lojas oficiais, capazes de gerar um faturamento anual de até € 65 milhões.

Vestir o Barcelona por 30 anos gera um grande desafio à Nike: como potencializar ao máximo esse patrocínio para a marca. Dificilmente o ganho em vendas será superior ao valor despendido com o contrato. Por isso, será importante uma boa estratégia de ativação. Os ganhos intangíveis podem ser bem superiores.

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