Análise: E-sports gera preocupação no mercado “tradicional”

O E-sports tem crescido de forma vertiginosa em todo o mundo. Somente no Brasil, a indústria de games já movimenta US$ 670 milhões e deverá chegar a US$ 1,4 bilhão em 2021, segundos dados da consultoria PwC. Nenhum setor do entretenimento cresceu tanto. Na última década, esse movimento aconteceu também nos Estados Unidos, e ainda demonstra fôlego.

Uma das consequências dessas mudanças tem sido a consolidação do e-sports como evento, que tem deixado de ser algo de nicho para tomar um espaço entre as diversas atrações de entretenimento disponíveis no mercado. E isso tem sido um problema para os ‘esportes tradicionais’.

Pelo menos é esse o cenário nos Estados Unidos, onde os dois segmentos possuem alto grau de desenvolvimento econômico. No país, o e-sports ocupa o calendário de eventos, carrega profissionais do entretenimento e até ganha espaço em áreas acadêmicas destinadas aos negócios esportivos.

A preocupação é que os mais jovens deixem de assistir a jogos de ligas como NBA e NFL para se dedicarem ao e-sports. Parece absurdo em um primeiro momento, mas a tese é abastecida pela significante queda de audiência que o futebol americano tem tido na atual temporada.

A resposta tem sido os diversos investimentos que as ligas têm feito no segmento, como um torneio promovido pela NBA. Mas as iniciativas não necessariamente fazem a transição de um torcedor, e isso pode ser um problema para o modelo de negócio.

No Brasil, o movimento é parecido. E o desafio é o mesmo para o setor “tradicional”: não perder os seus mais jovens fãs para a concorrência. 

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