Análise: Equilíbrio em transmissões é desafio para emissoras abertas

A Globo abusou, com algum sucesso, da descontração na hora de transmitir a Fórmula 1. Chamou convidados de diversas áreas, entre atores e atletas. E apostou em um formato que chama mais a atenção do público geral.

Há uma razão para isso: a audiência da Fórmula 1 não anda boa. A Globo caiu em um buraco que ela mesma cavou, ao exaltar em demasia os ídolos na competição. Quando eles cessaram, o êxodo de telespectadores foi inevitável. Sobraram os fanáticos, e eles não são suficientes.

Para ampliar o alcance da Fórmula 1, e de qualquer outra modalidade, é preciso ser mais universal, e a irreverência é um passo certo. Mas agradar a todos não é nada fácil.

Durante a corrida da madrugada de sábado para domingo, foram diversos os comentários em rede social que criticavam a nova estratégia da Globo. Ainda que esse não seja um universo concreto para uma avaliação, qualitativamente a análise é válida. E, nela, havia irritação com comentários de quem não entendia de fato de Fórmula 1 e com a ausência de informações em momentos-chave da corrida.

A própria Globo já teve boas e más experiências com um formato mais descontraído. Em São Paulo, o programa Globo Esporte se transformou com o apresentador Tiago Leifert, que o tornou muito mais leve e informal. Entre acertos e vezes em que o limite foi acintosamente ultrapassado, houve ganho de audiência.

Na transmissão do futebol, por outro lado, a Globo abandonou a presença de um convidado, o que aconteceu em 2013. Em uma partida do Corinthians, a despreparo da cantora Luiza Possi virou piada na internet e irritou torcedores. Na Copa do Mundo, com público mais diversificado, a fórmula é bastante usada.

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