Não é só a marca que tem que saber escolher seu embaixador. Teoricamente, um processo semelhante tem que ser feito pelo patrocinado, seja ele um atleta ou uma entidade esportiva. Esse lado também tem que priorizar marcas que associem valores correspondentes. Afinal, invariavelmente, o patrocinado também é uma marca.
O “teoricamente” aparece porque, claro, a prática é mais complicada. Por vezes, a entidade esportiva aceita qualquer negócio pela necessidade financeira. Por vezes, aceitar um mau negócio é uma necessidade de momento, mesmo que isso acarrete em uma desvalorização futura.
Por isso, recusar um patrocinador é um sinal de maturidade. E foi essa a lição que Sergio Perez ensinou. Não há porque ele, em sua condição, aceitar um patrocínio que não tenha identificação. Nesse caso, muito mais do que isso: que o tenha ofendido.
Serve de lição também a atletas, alguns já milionários, que insistem em assinar com marcas desconhecidas ou que não tenham uma postura de comunicação considerada ideal.
Normalmente, marcas temem os deslizes que embaixadores possam cometer, sejam eles atletas, atores ou modelos. E o que não faltam são exemplos de contratos rompidos porque a marca não tolerou ser associada a um comportamento específico.
Perez inverteu essa lógica. E fez muito bem. Responsabilidade e respeito também devem ser exigidos pelos patrocinados no mercado esportivo.