Análise: Esporte ainda vê a compra de mídia como um patrocínio

A enxurrada da marca 99Taxis nos uniformes dos clubes na Série A do Brasileirão mostra o quanto ainda confundimos, por aqui, uma compra de mídia com ação de patrocínio.

Tanto quem vende (esporte), quanto quem compra (patrocínio), passando por quem noticia (mídia), confundimos as bolas no tema.

A Copa do Mundo ajudou a ensinar um pouco o brasileiro o que é uma ação de patrocínio. A Fifa, por mais complicada que seja, mostrou às marcas que atuavam antes só no Brasil, como é possível aproveitar o patrocínio para ir além na relação com o consumidor. O esporte é meio, não é um fim em si mesmo.

Essa maturidade que teima em demorar um pouco mais para ser vista no mercado brasileiro. O esporte não sabe se vender além da mídia. O patrocinador ainda vê nos relatórios de retorno de exposição o maior benefício de um investimento. E ainda há a mídia, que transforma qualquer entrada de dinheiro no esporte numa iniciativa de marketing.

O movimento que hoje ajuda a injetar quase R$ 100 milhões nos clubes, proporcionado por Vitton 44 e 99Taxis, é a prova clara de que as marcas buscam a exposição em mí- dia para gerar um novo negócio.

Não será surpresa se, até o ano que vem, as duas empresas anunciarem a venda de seus ativos para uma marca maior. Faz parte do jogo, mas o esporte não consegue mostrar que o negócio dessas marcas pode crescer ainda mais com outras soluções além da exposição de marca.

As Olimpíadas já estão à porta. Será que o esporte finalmente vai se vender além da exposição de marca?

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