Análise: Esporte brasileiro continua sem saber como se vender

Qual o peso que deve ter a Promoção, dentro dos 4 Ps do marketing? 

É só ver o que acontece na Copa do Mundo para percebermos como saber vender o produto é fundamental para que um plano de marketing seja bem-sucedido.

A forma como as marcas ajudam a promover a Copa do Mundo mostra como isso pode fazer a diferença. A 90 dias do Mundial, o lançamento do álbum de figurinhas começou a aquecer o clima. Agora, a dois meses de a bola rolar, as marcas ajudam a nos lembrar que o grande evento está chegando.

Mas, no Brasil, o esporte parece que continua a querer ignorar essa força.

Na última terça-feira (17), o Flamengo fez um treino aberto à torcida, já que no dia seguinte jogaria com portões fechados pela Libertadores. Os 50 mil presentes levantaram as mais diversas teorias de como o futebol não sabe o que fazer para lotar estádio sistematicamente.

O problema da baixa assiduidade de público em eventos esportivos no Brasil não pode ser justificado apenas pelo preço cobrado pelo organizador.

Se tivermos um conhecimento melhor de aplicação dos 4 Ps do marketing, conseguiremos entender melhor que o esporte não trabalha a promoção. A não ser em eventos de alta demanda, praticamente nós ignoramos como fazer para turbinar um evento.

Nesta primeira rodada do Brasileirão, dois movimentos dão alguma esperança. O Cruzeiro, que lançou uma campanha à torcida de que cada jogo é uma decisão, e o Sport, que promoveu a campanha para lotar a Ilha do Retiro nas 19 partidas da competição.

Ainda temos a tendência de ver o esporte na limitada visão de atleta. 

Se não enxergarmos que ele vai muito além disso, continuaremos a viver num eterno semiprofissionalismo.

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