Análise: Esporte Interativo mexe com mercado, mas projeto ainda é incognita

O que parecia uma ousadia ilimitada parece próximo de se tornar realidade. O Esporte Interativo tem anunciado novos acordos a cada dia e se consolida como um novo player na disputa pelos direitos de TV do Brasileirão.

A estratégia do canal do Grupo Turner parece bem-sucedida até aqui. O EI primeiro consolidou sua marca nos mercados periféricos, com transmissões de Estaduais menos importantes, além da Copa Verde, disputada por equipes das regiões Norte e Centro-Oeste, e da Copa do Nordeste.

O resultado disso foi capitalizado com a assinatura de acordos com times como Bahia e Ceará. Mesmo fora da Série A do Brasileirão, é uma aposta do canal ver ambos os clubes na elite entre 2019 e 2024. O canal do Grupo Turner já atraiu para suas hostes Atlético-PR, Internacional e Santos.

Para a TV fechada, Corinthians e Flamengo têm mais importância institucional do que como geradores de audiência. Ambos os clubes já costumam frequentar as transmissões da TV aberta, o que minimiza seu impacto entre os assinantes de canais como o EI.

Outro trunfo apresentado pela emissora tem sido uma divisão mais igualitária das cotas de TV, o que obrigou a própria Globo a mudar sua estratégia e redistribuir a renda dos direitos de transmissão. Também promete respeitar os acordos comerciais dos clubes que assinarem com ela. Ou seja, no EI, o Allianz Parque teria seu nome veiculado.

Para que seu projeto decole, porém, é essencial ao EI assinar com mais clubes de prestígio, o que ainda é uma incógnita. Entre os cartolas, fala-se que a Globo já arregimentou dez clubes, o que daria poucas opções ao Grupo Turner para entrar de fato na disputa pela audiência da TV fechada.

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