Análise: Esporte precisa trabalhar para o patrocinador

Duas situações ocorridas na última semana no mercado brasileiro mostram de forma muito clara que não é só o patrocinador que precisa trabalhar para fazer valer o investimento de uma ação de patrocínio. O esporte também precisa apresentar soluções que dê retorno ao seu patrocinador.

A primeira boa mostra disso veio da comemoração do título do Corinthians, na quarta-feira passada. Para dar maior retorno à Estrella Galícia, o clube permitiu que a marca levasse, para dentro do campo, cerveja sem álcool para ser bebida pelos jogadores.

A ação, comum na Alemanha, deu enorme visibilidade a uma marca que não pode, por lei, aparecer estampada na camisa dos jogadores. Foi um retorno excepcional para a cerveja.

No domingo, foi a vez de o judô realizar um evento que é moldado para a mídia e o patrocinador. O formato do desafio que reúne atletas do Brasil e do exterior foi pensado ainda na preparação dos judocas para o Rio 2016, mas foi um evento que deu tão certo para os principais “pagadores da conta” do judô que perdurou após os Jogos.

O que tem de tão diferente nos desafios internacionais de judô que atrai a atenção da mídia e do patrocinador?

A presença de duas palavras fundamentais para um esporte ser sucesso para marcas: frequência e relevância.

O grande diferencial dos desafios é dar frequência na aparição na mídia e na oportunidade de se manter contato com o torcedor. Além disso, ao criar eventos que são relevantes, o judô consegue ser eficiente na hora de transmissão de uma mensagem.

Nos dois casos, o maior diferencial que Corinthians e CBJ apresentaram foi o trabalho de se pensar também no retorno que o patrocinador precisa ter.

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