Análise: Estádio com capital privado custa menos

Após perder a concorrência para administrar o estádio Olímpico de Londres-2012, o Tottenham manteve o projeto de erguer uma nova casa para sua torcida. Sem pensar em loucuras, o tradicional clube do norte de Londres planeja erguer sua arena por R$ 200 milhões. Uma pechincha até para os padrões brasileiros.

Como forma de comparação, o custo de construção e adaptação do estádio Olímpico para o West Ham, que ganhou a concessão do espaço, já beira os R$ 2,5 bilhões. A capacidade das instalações esportivas é similar.

A maior parte do montante gasto no estádio Olímpico saiu dos cofres públicos, preocupados em organizar uma boa edição dos Jogos. Comparando a conta de Londres com o custo do Brasil, é o valor gasto para reformar o Maracanã e construir a Arena Corinthians para a Copa, com o exigente padrão Fifa.

Com a conta para pagar na mão do clube e de parceiros privados, o valor do estádio tende a cair. No Brasil, é o caso da Allianz Parque, nova casa do Palmeiras. O estádio, com capacidade para 46.700 torcedores, que está prestes a ser inaugurado, custou de R$ 630 milhões. É pouco mais da metade do que foi gasto na Arena Corinthians, erguida na mesma época. E, assim como o estádio do Tottenham, sem dinheiro público.

A regra é que quando as torneiras estatais, seja com isenção fiscal ou financiamentos a juros camaradas, não molham as mãos de dirigentes, o custo cai. Que sirva de lição. Para a Inglaterra e para o Brasil. 

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