Análise: Estádios não podem perder brasilidade em ações

Câmera do beijo, flagra da torcida, intensidade de grito dos patrocinadores… O advento dos telões de alta definição nos estádios brasileiros levou a uma novidade para o mercado, que é a possibilidade de fazer ativações de marca diretamente com o público presente no estádio.

Ação bastante corriqueira no mercado americano, especialmente nos jogos disputados em ginásios, o uso dos telões, por aqui, pecam por um motivo aparentemente banal: nós não estamos nos Estados Unidos!

 

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Não temos a cultura americana de promoção relacionada a evento esportivo. Os torcedores estão acostumados a irem para o estádio para ver um jogo de futebol, e muito, mas muito pouco além disso. Nos EUA, a ida ao evento esportivo é parte de um programa ainda maior de relação das pessoas com o ambiente. 

Não por acaso, quase sempre há promoções sendo atreladas aos jogos nos EUA. As marcas pagam para estar no telão e gerar uma experiência de consumo ao torcedor.

Por conta disso, há um envolvimento maior da torcida com a ação, além de uma cultura que já é favorável a esse tipo de relacionamento.

Por aqui, nunca atrelamos estádios a promoções de marcas. O beijo, infelizmente, é um ato ainda bem distante do ambiente hostil de boa parte dos estádios. Sendo assim, as ações que tentamos importar dos americanos ficam muito artificiais.

O grande barato dos novos estádios é que eles abrem um leque de novas oportunidades para as marcas engajarem o torcedor. Mas não podemos deixar de ser essencialmente brasileiros para conseguir isso.

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