Análise: Expansão nas redes sociais pode ser solução e problema

O plano de expansão da Adidas para os próximos cinco anos estabeleceu metas bastante ousadas para a companhia retomar seu lugar de protagonismo no mercado de material esportivo, hoje seriamente abalado pelo domínio da Nike em países estratégicos, como Estados Unidos e China.

Uma das estratégias da marca alemã é recuperar nas redes sociais o terreno perdido para a concorrente norte-americana. Hoje com 135 milhões de seguidores nas quatro principais plataformas de interação pela internet (Facebook, Instagram, Twitter, e Youtube), a Adidas espera atingir perto de 300 milhões de pessoas até 2017.

Para atrair tanta gente, são necessárias boas ideias pensando a especificidade de cada meio. E fazer bom uso de seus embaixadores, principalmente os astros do futebol, como Messi, Luis Suárez, James Rodríguez, Benzema e Gareth Bale, entre outros.

Não bastasse isso, a Adidas pretende fazer com que parte significativa do conteúdo da empresa nas redes sociais seja produzida pelos próprios usuários. O problema da iniciativa é que os consumidores se lembram muito mais da marca quando é para reclamar de algum defeito ou do preço de um item do que para elogiar o produto.

É preciso pensar bem em como trabalhar as três listras e intensificar sua interação com o público. Uma reação espontânea do internauta vale mais do que milhões de dólares gastos em anúncios publicitários. Uma saraivada de críticas fará com que a Adidas tenha que desembolsar bem mais do que isso para gerenciar uma crise de imagem.

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