Análise: F1 tenta deixar retardatários no mercado esportivo

A Máquina do Esporte mostrou, nesta terça-feira (28), os bons resultados da primeira temporada completa em que a Fórmula 1 foi gerida pela Liberty Media, gigante da comunicação e do entretenimento.

Os ares ficaram arejados após o afastamento do chefão Bernie Ecclestone, que desprezava mulheres e millennials, justamente os públicos que o esporte mais tenta conquistar no momento.

Se as ações para controlar o machismo e atrair a atenção do público feminino ainda não se fizeram sentir, com relação aos jovens a guinada foi radical.

O foco da categoria está em oferecer formas de engajamento no digital. Para isso, um contrato de streaming foi assinado com a ESPN para 2018. A ideia é não só mostrar provas, mas também reportagens e bastidores.

Além de atrair o jovem, a Liberty Media centra foco nos EUA, maior mercado esportivo mundial, e solenemente desprezado anteriormente pela F1 por temor da concorrência de categorias locais de sucesso, como a Nascar.

Outro sintoma dessa política foi a contratação de Stuart Roach, que rejuvenesceu a marca Olimpíada ao dirigir o Canal Olímpico desde o seu lançamento, na cerimônia de encerramento do Rio 2016.

Também foi promovida a primeira edição da F1 eSports Series, o seu mundial de esportes eletrônicos, coincidindo com o lançamento do game da modalidade.

Resta saber se a F1 voltará a acelerar para a conquista de mercados. Diante da acirrada concorrência entre os eventos esportivos atuais, ainda luta entre os retardatários. 

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