Análise: Fifa terá que eliminar tumores para seguir adiante

Passados menos de dois meses da renúncia de Joseph Blatter à presidência da Fifa, o caminho para a sucessão do dirigente suíço começa a ficar claro. O lançamento da candidatura de Michel Platini pode ser a solução que tantos de dentro e fora da entidade almejam.

Platini passou até agora quase incólume aos escândalos de corrupção do futebol. É certo que um jornal britânico noticiou recentemente que o francês teria recebido propina para apoiar a candidatura do Qatar a sede da Copa do Mundo de 2022. De lá para cá, porém, nenhuma investigação comprovou o suborno.

Platini conhece como poucos as entranhas da Fifa. Para Blatter e seus asseclas é garantia que nenhum esqueleto será retirado do armário. Para os patrocinadores, é a imagem da renovação com um ex-craque dos gramados no comando da entidade pela primeira vez na história.

Com apoio da maior parte das afiliadas da Europa e um namoro avançado com os países de Conmebol e Concacaf, Platini desponta como o favorito na disputa marcada para fevereiro.

Mas, se quiser resgatar sua credibilidade, a Fifa terá que expor suas feridas e extirpar seus tumores para seguir adiante. Não basta esconder a sujeira embaixo do tapete. Quem sabe assim o futebol atinja novos patamares e seja capaz alcançar o tamanho e a importância que realmente tem no mundo. 

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