O fim da parceria entre Fluminense e Unimed deve preocupar, e muito, os torcedores do clube. A situação é parecida com o que aconteceu com outras grandes parcerias no futebol brasileiro. E que, invariavelmente, deixa o time em grave crise.
O melhor exemplo é do Palmeiras que, assim como o Fluminense, vivia má fase antes da parceria. Com a Parmalat, veio uma série de grandes jogadores, e títulos passaram a ser rotina. Quando a parceira saiu, o rebaixamento foi uma questão de tempo.
O mesmo aconteceu com o Corinthians após a sequência com o banco Excel, a Hicks Muse e a polêmica MSI. Vasco e Flamengo também sofreram com a situação entre a década de 1990 e 2000.
O cenário é sempre o mesmo: debandada de jogadores e uma situação financeira e estrutural caótica.
A grande questão é que parcerias dão um conforto impróprio a um clube de futebol. Há anos, o Fluminense não precisa de um planejamento para aumentar suas receitas, já que arcar com times campeões não era uma necessidade latente.
Hoje, o clube não tem uma rede de patrocinadores, não tem uma gama grande de sócios, não tem uma base de ganhos sustentáveis. Sua receita de 2013 foi de R$ 125 milhões, abaixo dos principais clubes de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E a dívida é três vezes o faturamento. Na estrutura, o time ainda luta para colocar um Centro de Treinamento em pé.
Basicamente, a terceira divisão não proporcionou uma revolução no Fluminense. Ao encontrar uma solução imediata, seguidas diretorias foram acomodadas, exatamente como aconteceu com seus rivais.
O lado bom é que, com a grandeza do clube, certamente há tempo para mudar a previsão mais pessimista. Mas o clube terá que fazer em 2015 mais do que fez nos últimos 15 anos.