O futebol tem tido que enfrentar o lado negativo das redes sociais. Nos últimos anos, os clubes aprenderam que elas não deveriam ser apenas um canal oficial, mas um meio extra de entretenimento e aproximação de seus fãs. Como resultado, uma enorme popularidade, e uma avalanche de críticas em momentos de tropeço.
Na verdade, entre empresas, esse é um cenário antigo. Por mais complexa que seja a produção de um conteúdo online, a relação dos consumidores não é a mesma de um clube de futebol. A interação que acontece nas redes, em grande maioria, está relacionada a críticas a um produto ou serviço.
No futebol, o serviço fica à parte da comunicação institucional. O torcedor pode ter tido problemas com seu ingresso, mas fica compelido a usar as redes para exaltar sua paixão. O entrave aparece quando esse sentimento é desprezado de alguma maneira.
Nas duas últimas semanas, os dois clubes de maiores torcidas no Brasil tiveram que se retratar após manifestação em massa de seus fãs nas redes sociais. Ainda que a origem do problema tenha sido distinta, a resposta foi parecida.
O Flamengo teve que colocar uma nota oficial que contestava o maior patrocinador do clube porque parte da torcida não gostou de um vídeo promocional. E o Corinthians teve que fazer uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos para justificar a saída de um jovem jogador em uma troca com o Cruzeiro; os seguidores do time nas redes não perdoaram a estranha negociação.
As redes sociais são mais um meio em que o esporte impõe regras próprias ao mercado.