Análise: Futebol Melhor mostra como explorar o marketing no esporte

A consolidação do Movimento por um Futebol Melhor neste ano é um indício de que a cadeia produtiva da bola aprendeu, de certa forma, a trabalhar o marketing no futebol.

Após dois anos na praça, o Movimento viu em 2015 um salto grande em novos associados, encontrou meios de se seduzir novos clientes e reter os antigos e, mais do que isso, se transformou em plataforma de negócios. Para clubes e empresas.

O que mudou neste ano em relação aos anteriores é que os clubes perceberam que não adiantava mais usar o argumento comercial para captar novos torcedores para o programa.

Assim, em vez de tentar seduzir o torcedor só pela lógica dos benefícios financeiros de se associar ao programa de sócios, o futebol passou a vender experiências exclusivas só para quem faz parte do time.

E é exatamente esse o conceito básico que move o marketing no esporte. Proporcionar experiências únicas, relegadas a um pequeno grupo, é um dos grandes benefícios de usar o esporte como ferramenta de marketing. Independentemente de qual lado você esteja, do esporte ou da marca, é isso o que grava na cabeça do consumidor e o que alimenta o crescimento dessa paixão.

Quando apenas sócios-torcedores têm direito a ver um jogo da beira do gramado, a ser gandula por um dia, a visitar a concentração do time, a poder jantar com um jogador, etc. o benefício de se associar passa a ser tangível. Isso explica por que foram quase 500 mil novos sócios no Futebol Melhor apenas neste 2015.

E isso indica como funciona a lógica do marketing dentro do esporte.

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