Análise: Gestão de patrocínio é tão importante quanto conquista

A final da Liga dos Campeões é excelente época para ativar os parceiros comerciais das marcas esportivas. Para a Adidas representava uma vitória considerável: tanto o campeão Real Madrid como a vice Juventus vestem as três listras.

Mesmo a Nike não teve do que reclamar. Apesar de ter caído nas semifinais com as eliminações de Atlético de Madrid e Monaco, a empresa norte-americana forneceu a chuteira para 25 jogadores envolvidos na decisão. Essa conta inclui Cristiano Ronaldo, Mandzukic, Casemiro e Marco Asensio, autores de todos os gols da vitória do Real Madrid por 4 a 1.

A superexposição da final é algo a ser comemorado pelas empresas. A partida tem audiência estimada em mais de 350 milhões de pessoas em 200 países. Chance de ouro para ressaltar os atributos das marcas.

Nesse quesito, a Nike pisou na bola. Em um post em suas redes sociais, a marca do swoosh ressaltou as qualidades de Cristiano Ronaldo.

“Ninguém acreditava que o menino da [ilha da] Madeira poderia alcançar as estrelas. Exceto o menino da Madeira. Esse garoto sabia”, diz a legenda no Instagram da Nike. A mensagem é ilustrada com a foto de um Cristiano Ronaldo ainda bem longe do astro que viria a se tornar.

O problema é que, na era da superconexão, logo descobriram a foto original do português. E nela, o garoto vestia um agasalho da Adidas, cujo logo foi escondido pela Nike.

É de se estranhar como ninguém na Nike se atentou ao problema antes de aprovar a mensagem publicitária. Uma gafe que poderia ser evitada para não transformar a celebração de uma conquista em chacota do público nas redes sociais. 

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