Análise: Gestor de estádio deve agradar toda a torcida

A modernização dos estádios brasileiros para a última Copa do Mundo gerou uma insatisfação generalizada entre os torcedores saudosos da experiência que o futebol proporcionava anteriormente. Há os saudosos do Maracanã antigo, com capacidade para até 200 mil torcedores, e sua geral recheada de figuras folclóricas que davam um colorido especial ao futebol.

Ao aproximar o futebol de um espetáculo de entretenimento, o futebol brasileiro afastou essas camadas mais desfavorecidas economicamente, seja com o preço de ingresso proibitivo, seja com transformações estruturais importantes descaracterizando alguns dos principais estádios do país.

Surgiu assim o grito de guerra: “Ódio eterno ao futebol moderno”. A mesma hashtag se tornou bastante popular nas redes sociais em posts reclamando da proibição de faixas, instrumentos e sinalizadores nos estádios.

No exterior, a Premier League seguiu, na década de 90, a linha de inflacionar os preços dos ingressos para afastar os hooligans dos estádios. Com isso, também retirou das arenas os torcedores com menos recursos financeiros.

O caso mais recente é a proibição da torcida do West Ham, clube da zona leste de Londres, de assistir aos jogos em pé. A diretoria quer capitalizar ao máximo com a capacidade de sua nova arena, o belo estádio Olímpico utilizado nos Jogos de Londres 2012.

Parece que lá e cá ainda não foi encontrado um meio-termo. O futebol atrai diversos tipos de público, do mais humilde ao mais torcedor endinheirado. O desafio é agradar a todos. Com um pouco de boa vontade dos gestores a quem sempre encheu os estádios, a tarefa não é impossível. 

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