O mercado publicitário não abre mão do futebol da Globo porque sabe que a emissora faz uma boa entrega de seu produto. O cuidado com as marcas parceiras é tamanho que mereceu até citação no Jornal Nacional. Para o público geral do periódico, a informação é pouco relevante, mas, para o relacionamento comercial, é simbólica.
Investir na publicidade global é bom negócio porque a emissora garante a entrega. O Jornal Nacional, aliás, é um bom exemplo. Os anúncios no programa são constantes, em cada reportagem sobre a rodada. E assim acontece em outros momentos da grade, com audiência garantida.
Mas não é só isso. Apesar de algumas imposições que atrapalham o desenvolvimento do futebol e irritam os torcedores, caso específico do esdrúxulo horário das 22 horas, a Globo consegue manter o futebol valorizado. Seja pelo jogo Cartola, pelos cavalinhos do Fantástico ou pela cobertura extensiva, a emissora sabe deixar o campo em evidência para o público brasileiro, o que se traduz em mais audiência para os anunciantes.
Há até questões que são polêmicas no mercado, mas que proporcionam um porto seguro aos parceiros globais. É o caso dos vetos aos naming right, que podem irritar clubes, mas ampliam o relacionamento às marcas concorrentes que apostam na exposição global e garantem a marca concorrente foram desse universo.
Às vezes, clubes reclamam. Mas, no geral, eles têm muito o que aprender.