Análise: Gol mostra a força da experiência pelo esporte

Uma das grandes vantagens de patrocinar o entretenimento é a capacidade de gerar uma experiência diferente para o consumidor. Impactá-lo diretamente com o envolvimento de um lazer de grande envolvimento emocional é uma forma eficiente de fidelizar.

Por essa razão, insiste-se tanto na necessidade de boas ativações. A Gol poderia ter quanta exposição ela quisesse com o futebol, mas jamais teria tocado um grupo de pessoas como ela fez na ação mais recente, em seis voos realizados nesta terça-feira, dia 27.

Nesse caso específico, há ainda uma quebra de expectativa. Pegar um voo, na grande maioria das vezes, não é uma experiência muito agradável; são algumas horas perdidas de um dia. Quando o cliente percebe que terá a oportunidade de ver um jogo atrativo, com um clima de torcida, a percepção de serviço prestado muda completamente.

O desafio seguinte é ampliar essa mensagem. A ação, claro, teve um número limitado de consumidores impactados. E quando se trata de companhia aérea e um aporte no futebol, normalmente a intenção é chegar a um grupo maior de pessoas, salvo aquelas ativações com clientes específicos.

Uma das especialistas nesse tipo de estratégia com o futebol é a Heineken na Europa, que faz ações com grupos limitados de pessoas e, depois, transforma tudo em vídeos que viralizam com facilidade. Esses dias, recebi no Whatsapp o filme da ação do Benfica com a Emirates, quase três anos da ativação. Uma mostra de como emoldurar uma boa ideia pode perpetua-la.

A seleção não expõe muito as marcas, mas ainda gera uma enorme comoção no país. Saber usar esse orgulho, esse espírito coletivo de torcida em uma Copa do Mundo, é a grande chave para manter o time como um grande produto no mercado.

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